Origem: | Século XIX | País: | Brasil | |
Altura: | 61-76 cm | Peso: | 41-50 Kg | |
Grupo FCI*: | 2 | Grupo AKC*: | 8 | |
Cor: | Todas Sólidas ou Tigradas |
Tipo de pêlo: | Curto | |
Grau de proteção: | Grande | Necessidade de Tosa: | Não |
* FCI: Fédération Cynologique Internationale; AKC: American Kennel Club
Características
Primeira raça brasileira a ser reconhecida internacionalmente pela FCI*, o Fila Brasileiro é um personagem da história do Brasil desde os tempos do descobrimento, quando ajudou os colonizadores na conquista de nosso território. Hoje esta raça retorna ao seu posto de orgulho da criação nacional ao ganhar campeonatos mundiais representando o Brasil.
O Fila Brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era a raça nacional com maior número de registros. Nesta mesma época começaram a ocorrer as primeiras mudanças em seu padrão oficial (1984). A mais marcante foi a decisão dos criadores da época de abrandar o temperamento agressivo que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior.
Seu porte e o andar quase felino são suas características físicas mais marcantes. O Fila Brasileiro também é conhecido pela fidelidade e devoção extremas ao dono, características comportamentais mais desejadas como um cão de guarda.
Esta raça precisa de exercícios diários e bastante espaço em casa. Com uma pelagem curta, dispensa maiores cuidados.
Histórico
Muito se fala sobre as raças que deram origem ao Fila Brasileiro, porém, estudos comprovam que a intervenção do homem no aperfeiçoamento da raça dividiu igual importância com as árduas condições encontradas pelos primeiros Filas Brasileiros em nossa história. Eles eram obrigados a desempenhar as mais variadas funções junto aos colonizadores, como guarda, caça, proteção contra animais selvagens, pastoreio e companhia… “Fiel como um Fila” é um provérbio que representa bem a melhor característica da raça.
A teoria mais aceita atualmente é a que reconhece que, durante o período de colonização portuguesa, muitos cães foram trazidos dos Açores pelos colonos. Estes cães pertenciam à raça Fila de Terceira ou Fila Terceirense. Os primeiros cães foram cruzados com outras raças como o Bloodhound, o Mastiff e o Antigo Bulldog, também chamado Doggen Engelsen.
A primeira aparição da raça em exposições ocorreu no ano de seu reconhecimento pela FCI (Fédération Cynologique Internationale), 1946, em um evento do Kennel Clube Paulista. Nesta ocasião, dois exemplares (chamados Bumbo da Vila Paulista e Rola da Vila Paulista) inauguraram a participação do Fila.
Hoje, o reconhecimento da criação nacional vem através dos títulos obtidos em competições por todo o mundo.
Perfil Clínico
O Fila Brasileiro está predisposto às seguintes doenças:
Entrópio
Inversão de toda ou parte da pálpebra ocular fazendo com que o pêlo desta região fique em contato direto com a córnea podendo levar à formação de úlcera de córnea.
Prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra (Olho de Cereja)
Eversão e exposição da Glândula Lacrimal da Terceira Pálpebra devido a uma fraqueza do ligamento fibroso que a mantém em seu lugar, levando à sua visualização, no canto do olho, em forma de “cereja”.