Origem: | Século VII | País: | Portugal | |
Altura: | 43-57 cm | Peso: | 16-28 Kg | |
Grupo FCI*: | 8 | Grupo AKC*: | 3 | |
Cor: | Preto Marrom e Branco (são permitidas marcações |
Tipo de pêlo: | Encaracolado ou Ondulado (sem sub-pêlo) | |
Grau de proteção: | Moderado | Necessidade de Tosa: | Sim |
* FCI: Fédération Cynologique Internationale; AKC: American Kennel Club
Características
Esta raça de grande habilidade para mergulhar e nadar foi privilegiada pelos pescadores devido ao seu tamanho mediano e pela sua exímia inteligência e obediência ao executar com alegria tarefas para seu dono dentro ou fora d’água.
O Cão d’Água Português atira-se voluntariamente ao mar para apanhar e trazer o peixe escapado, mergulhando, se for necessário, e procedendo da mesma forma se alguma rede ou cabo se solta. Ele é capaz de cobrir a nado distâncias notáveis, sendo um companheiro leal e bom guardião. Atualmente é um excelente cão esportivo e de companhia.
A pelagem pode ser crespa ou ondulada, a primeira mais espessa e menos brilhante, e a outra mais longa e suave, sem formar cachos. As cores podem ser branco, marrom e preto, com ou sem marcações. Sendo originariamente um cão de trabalho e sem sub-pêlos, os cuidados com a pelagem são mínimos. É um cão que não necessita de muito espaço, podendo viver em apartamentos, embora seja de bom senso fazer exercícios diários. Ele prefere um espaço restrito, com companhia, a serem livres, sem alguém para estimulá- los.
Para exposições, costuma-se fazer a tosa leão, que é uma tosa muito simples podendo ser feita com tesoura, tendo pouco a ver com o requinte da tosa leão feita nos Poodles.
Histórico
No século VII, nos livros sagrados dos Zend-Avesta, o Cão d’Água Português era mencionado como o mais valioso dos cães, pois o grande deus, Ahura-Mazda, havia concedido qualidade de santo devido às suas excepcionais habilidades. Há inclusive uma lenda que conta que Zoroastro, um famoso profeta persa, do século VI antes de Cristo, punia a todos aqueles que molestassem um Cão d’Água.
Sabe-se que a família real e toda a corte portuguesa, quando fugiam da invasão napoleônica, embarcaram nas caravelas alguns exemplares da raça que chegaram ao Brasil. Porém, quando D. Miguel I retornou a Portugal para subir ao trono, ele levou consigo alguns exemplares.No Museu de Lisboa há uma pintura exposta que retrata o momento do desembarque na Praia de Belém com vários Cães d’Água em volta das naus, inclusive tosados.
Naquela época, a navegação portuguesa era muito importante, e o Cão d’Água Português latia avisando e alertando perigos iminentes no meio da neblina. Por isso, esta raça acabou servindo de precursores dos atuais sistemas de apitos náuticos.
O Cão d’Água Português, apesar de muito difundido no passado, foi quase extinto nos anos 30, e, novamente nos anos 70, quando então havia apenas 25 exemplares em todo o mundo, devido ao desaparecimento da pesca artesanal. Porém, graças aos esforços de alguns criadores em Portugal e nos EUA, a raça foi trabalhada, e hoje em dia há associações e clubes para a sua proteção.
Perfil Clínico
O Cão D´Água Português está predisposto às seguintes doenças:
Hipoadrenocorticismo
Doença endócrina causada por deficiência na produção de glicocorticóides (cortisol) e/ou mineralocorticóides (aldosterona).
Displasia Folicular
Refere-se a um grupo de anormalidades do pêlo e do folículo piloso que frequentemente tem um fundo genético …leia mais
Osteosarcoma
É o tumor ósseo primário mais comum em cães. …leia mais